terça-feira, 5 de outubro de 2010

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Não há nada lá fora
Qualquer coisa sempre será uma miragem,
O que está, está tudo ai dentro, aqui dentro,
Nada além do horizonte, nada de novo no fronte,
Nada embaixo do sol.

O mal, a miragem do século!
A fome, a guerra, a terra sem água.
Tudo ilusão, teoria, conspiração,
Oposição, situação!

Ninguém tem razão, sofrimento vem de dentro,
Coisa da mente.
Mentiras, mentiras bem contadas,
Cara lavada, roupa passada, dinheiro no varal.
Tudo faz parte, cada um mostra sua arte.

D. Diogo Klock

Buscar nosso próprio equilíbrio


Sempre há coisas a melhorar, e nunca nos damos por satisfeitos, não sei ainda onde esta a perfeição, principalmente quando se trata em ser “perfeito aos outros”, aos olhos dos outros, ao ponto em que ninguém possa dizer um nada para lhe criticar e dizer, eu faço isso ou aquilo que não é legal, que pode prejudicar o futuro. Vendo assim, nunca somos suficientes pra deixar os outros completamente satisfeitos, e se assim for, talvez fiquemos nós insatisfeitos, pois penso que deste ponto de vista deixar os outros 100% satisfeitos é viver 100% para os outros, e desta maneira viveríamos pra nós mesmos somente aquilo que combinasse com o gosto e a vontade do outro, e bem por isso que procuramos como companheiros, alguém que combine ao máximo, mas 100% acho que só se casássemos com nós mesmos. Não reclamo o fato de trabalhar ao máximo para deixar o outro satisfeito, mas gostaria muito que isso fosse reconhecido, pois é um grande esforço, e gostaria de compreensão nas coisas que não satisfazemos por completo, ainda não chegamos a perfeição que o outro gostaria, é creio ser impossível chegar quando existem outras pessoas a julgarem e a criticarem, e essas críticas e julgamentos influencie diretamente na felicidade dessas pessoas, e pedem mais, cada vez mais, corrigimos algo e sempre surge outro para ser criticado, é assim que funciona o equilíbrio vital, por isso a perfeição ao contrario do que muitos pensam, não é o absolutismo nas coisas “boas”, mas sim o bem estar com o equilíbrio natural das coisas, tanto das coisas boas, quanto do melhor convívio com as coisas “ruins” e quando falo em equilíbrio das coisas não estou falando em metades iguais nas atitudes boas e ruins, pois os pesos são diferentes, e uma coisa “ruim” pode ter o peso de dez coisas boas e isso faz com que a balança do equilíbrio fique sempre centralizada, devemos buscar equilibrar nossas vidas da melhor maneira possível, buscar o bem estar e sintonia também com as coisas que julgamos “ruins” porque essas sempre existiram, não deixam de existirem as coisas ruins, o que acontece é que sempre que tentamos “concertar” o que fazemos é colocar algo que consideremos “bom” em cima substituindo tal coisa “ruim” e esta vai para algum canto fora da nossa percepção e o peso na balança pende momentaneamente para este lado “Bom” até que algo a faça voltar novamente ao equilíbrio natural, é inútil lutar para que tudo seja “bom”, e ainda pior e ver isto como perfeição. O que podemos fazer é tentar ocultar as coisas “ruins” entrando em sintonia e buscando a convivência da melhor maneira possível, ou trocando por coisas que tenha o mesmo peso na balança existencial, mas que cause menos danos a nossa percepção. Entretanto, acima de tudo, entender que a perfeição é natural, o equilíbrio é perfeito, e alcançar a perfeição é interiorizar e compreender o funcionamento do equilíbrio natural e assim, conscientemente manuseá-lo da melhor maneira em cada momento da sua vida, com a existência do bem e do mal, do bom e do ruim, do certo e do errado, e sabendo qual deles você colocará a frente da sua vida em cada momento da sua existência, sabendo que sempre estarão em volta de você e jamais cessaram de existir e o que muda ao longo dos anos é simplesmente a percepção tal qual temos de tais conceitos.

D.Diogo Klock