terça-feira, 5 de outubro de 2010

Buscar nosso próprio equilíbrio


Sempre há coisas a melhorar, e nunca nos damos por satisfeitos, não sei ainda onde esta a perfeição, principalmente quando se trata em ser “perfeito aos outros”, aos olhos dos outros, ao ponto em que ninguém possa dizer um nada para lhe criticar e dizer, eu faço isso ou aquilo que não é legal, que pode prejudicar o futuro. Vendo assim, nunca somos suficientes pra deixar os outros completamente satisfeitos, e se assim for, talvez fiquemos nós insatisfeitos, pois penso que deste ponto de vista deixar os outros 100% satisfeitos é viver 100% para os outros, e desta maneira viveríamos pra nós mesmos somente aquilo que combinasse com o gosto e a vontade do outro, e bem por isso que procuramos como companheiros, alguém que combine ao máximo, mas 100% acho que só se casássemos com nós mesmos. Não reclamo o fato de trabalhar ao máximo para deixar o outro satisfeito, mas gostaria muito que isso fosse reconhecido, pois é um grande esforço, e gostaria de compreensão nas coisas que não satisfazemos por completo, ainda não chegamos a perfeição que o outro gostaria, é creio ser impossível chegar quando existem outras pessoas a julgarem e a criticarem, e essas críticas e julgamentos influencie diretamente na felicidade dessas pessoas, e pedem mais, cada vez mais, corrigimos algo e sempre surge outro para ser criticado, é assim que funciona o equilíbrio vital, por isso a perfeição ao contrario do que muitos pensam, não é o absolutismo nas coisas “boas”, mas sim o bem estar com o equilíbrio natural das coisas, tanto das coisas boas, quanto do melhor convívio com as coisas “ruins” e quando falo em equilíbrio das coisas não estou falando em metades iguais nas atitudes boas e ruins, pois os pesos são diferentes, e uma coisa “ruim” pode ter o peso de dez coisas boas e isso faz com que a balança do equilíbrio fique sempre centralizada, devemos buscar equilibrar nossas vidas da melhor maneira possível, buscar o bem estar e sintonia também com as coisas que julgamos “ruins” porque essas sempre existiram, não deixam de existirem as coisas ruins, o que acontece é que sempre que tentamos “concertar” o que fazemos é colocar algo que consideremos “bom” em cima substituindo tal coisa “ruim” e esta vai para algum canto fora da nossa percepção e o peso na balança pende momentaneamente para este lado “Bom” até que algo a faça voltar novamente ao equilíbrio natural, é inútil lutar para que tudo seja “bom”, e ainda pior e ver isto como perfeição. O que podemos fazer é tentar ocultar as coisas “ruins” entrando em sintonia e buscando a convivência da melhor maneira possível, ou trocando por coisas que tenha o mesmo peso na balança existencial, mas que cause menos danos a nossa percepção. Entretanto, acima de tudo, entender que a perfeição é natural, o equilíbrio é perfeito, e alcançar a perfeição é interiorizar e compreender o funcionamento do equilíbrio natural e assim, conscientemente manuseá-lo da melhor maneira em cada momento da sua vida, com a existência do bem e do mal, do bom e do ruim, do certo e do errado, e sabendo qual deles você colocará a frente da sua vida em cada momento da sua existência, sabendo que sempre estarão em volta de você e jamais cessaram de existir e o que muda ao longo dos anos é simplesmente a percepção tal qual temos de tais conceitos.

D.Diogo Klock

Um comentário:

edy disse...

Muito bom Diogo!

Nos resta buscar a perfeição interior.

Abraço.