Seus pés são delicados,
Quando ela caminha,
Não sobre o solo ela se move,
Seus pés são delicados,
E sobre a cabeça dos homens ela anda,
Pois não anda sobre o que é duro
E sim sobre o que é mole.
Seu coração é delicado
Não que seja fraco, não que seja frágil,
Mas porque ainda é capaz de acreditar
E confiar em si mesma,
Seu coração é delicado
Pois mesmo já tendo se enganado,
Leva consigo apenas
A essência do aprendizado
E em busca do verdadeiro amor
Ele volta a pulsar.
Delicada, assim nós a rotulamos,
Pois não a conhecemos realmente
E não somos capazes de a entender,
Para isso, temos muito que crescer
E a conhecer.
Suas mãos são delicadas,
E não sobre o que é sujo ela as põe,
Não no que é sujo ela toca,
Mas sim, naquilo que é limpo,
Como o coração puro de uma pessoa,
Como as pétalas de uma flor.
Seus olhos são delicados
E não para a escuridão ela os mira
E nem para o clarão ardente.
Seus olhos são delicados
E somente para o que é belo
Ela os põe a admirar,
Como a natureza,
Como o amor verdadeiro.
Sua mente é delicada
Não por ser inocente
E não por não saber,
Mas por ser tão evoluída.
Muitos não conseguem a entender.
Delicada, assim nós a rotulamos,
Pois nem de longe a acompanhamos
E ainda temos muito que crescer,
Para quem sabe um dia compreender
Que,
Ela é delicada
Não como uma frágil menina
Mas como uma forte mulher,
Que com sua delicadeza
Consegue distinguir e separar
O bem do mal
O bom do ruim
O certo do errado
O limpo do sujo
O amor do ódio
E tudo aquilo que ela vive.
E com a sabedoria de uma grande mulher
Segue sempre aquilo que lhe fará evoluir,
Que lhe fará crescer
E principalmente, Que lhe fará feliz.
(Diogo Klock)