terça-feira, 25 de agosto de 2009

É a vida

Eu tinha muito tempo, mas não queria saber
Meus amigos iam pra escola e eu saia pra beber.
Eu ficava, horas e horas de pernas pro ar,
Sustentado pela mãe eu não queria trabalhar.

Aos vinte e dois anos meus amigos se formaram
Cada um comprou seu carro e estão saindo para festar
E eu aqui no mesmo lugar
Horas e horas de pernas pro ar.

Não tenho fama nem sucesso
Não tenho ordem nem progresso
E as mulheres comigo não querem mais ficar.

E assim eu fico no mesmo lugar
Horas e horas bebendo num bar.

Minha vida agora se resume numa página
São dias iguais, que eu já não me orgulho mais,
Não sei se ainda tenho tempo, mas vou tentar,
Vou mudar a minha vida vou sair do bar,
Conquistar uma garota e quem sabe namorar,
Arrumar um emprego e voltar a estudar.

...

E agora eu fico,
Horas e horas estudando sem parar.
Hoje estou mais feliz.
Mas não vejo a hora de me formar.

D.Diogo Klock

Queria tanto

Eu queria tanto saber o que fazer
Com as cartas do passado
Que não conseguia te escrever,
Cometia tantos erros,
Eu aprendi, mas é melhor esquecer.
Fazia tantos planos,
Hoje me sinto tão perdido com planos divididos.

Sigo assim sozinho, reconstruindo meu futuro
Eu tinha tantos planos, pra mim e pra você
Tínhamos tanto tempo pra pensar no que fazer
Mas ficava ali parado, esperando acontecer
E agora que estou sozinho
Eu aprendi, mas é melhor esquecer
Deixamos para o futuro, parte das nossas vidas.
Perdemos no passado uma vida inteira.

Eu queria tanto saber o que fazer
Eu queria tanto saber o que fazer

O tempo foi passando e você se adaptou
Mas eu não entendia, por que, que terminou.
Hoje é tudo do passado e você já se casou
Construiu uma família, esta vivendo um novo amor.

Você tentou falar, mas eu não entendia
Você tentou falar, mas eu não entendia
Eu tinha tantos planos, pra mim e pra você.

D.Diogo Klock

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aos Humanos X (São-Humanos?)

Acordei e vi o futuro
Por entre as garras das minhas mãos!
Eu vi a sede assolando a terra
Nas três dimensões,
As pessoas perdidas
Sem saber para onde correr
E o universo conspirando com o tempo
Fazendo tudo se perder.

Não adianta escapar
O tempo corre mais rápido
Que suas pernas possam suportar.

Conceitos, conceitos...

Olho por cima pessoas tão pequenas
Transeuntes em todas as direções
Girando rumo há algum sentido.
Controlados pelo sistema
Coordenados pela mídia
Por pessoas bem vestidas,
Os Totens da ilusão.
Como um Deus inventado
Que reprime todos como condenados.

Ser Humanos, quem sabe um dia!
Mas não neste mundo de ateus.
Criados entre a esperança,
A crença e a vingança,
Incentivando a individualidade
Desvinculando todos da totalidade,
Desvirtuando a grande verdade
De que todos juntos somos um só.

Será que um dia vamos perceber
Que nossos atos afetam tudo que existe
E assim pensaremos em união,
Unidade, totalidade...
Deus.

D.Diogo Klock

Aos humanos IX

O mundo está errado,
Mas ninguém me acordou
E eu fiquei aqui deitado
Esperando o tempo que passou.
A vida não voltou pra mim.

Mas por que, que eu era tão feliz
Na minha inocência?
Quem sabe seja este
O grande trunfo das crenças.
A história continua
Depois que cristo padeceu,
E o que ninguém relembra
É que não foi só ele que morreu.

A história continua pelo bem e pelo mal
E eu faço uso das palavras
Pra disfarçar o animal
Que sou.
Eu era tão feliz na minha inocência
E quando cresci,
Apresentaram-me novas crenças.

Mas o sonho é tão bom,
Disfarça a realidade
Distancia todo mundo da verdade,
Desloca a atenção
Deixando conclusões precipitadas da vida,
Histórias não vividas
Guardadas num profundo desejo,
Bloqueado pelo medo do profano.

Distorceram a história,
Usaram conceitos morais
Como ferramenta de manipulação
Surgindo como único efeito
A humanidade vivendo de ilusões.

D.Diogo Klock

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bem querer


Tua felicidade minha alegria
E vice-verso,
São os versos do meu canto.
Coração se há no mundo amor,
Então eis o que sentimos

E por que ser dois
Quando nos unimos
E nos consumimos numa fusão absoluta?

Escuta, escuta meus versos de amante,
De dois corpos vibrantes
E do amor que é único,
O único que transporta
Um corpo para dentro do outro
Corpo e alma.

Calma, calma meu amor.
Somos protagonistas do que vivemos,
Testemunhas vivas do que sentimos.
Não é que deixamos de sermos dois
Quando nos unimos
Mas é que passamos a fazer parte
Um do outro e acumulamos,
Apenas acumulamos.

E só assim faz sentido os meus versos.
Com o desejo de querer bem
Na harmonia de cada dia
Um reforço para fortalecer
E manter para sempre este afeto.

Certo meu amor.
É isto que nos faz pensar em unidade,
Um casal... Tantos planos...
Enquanto o sempre existir...
Enquanto houver amor.

D.Diogo Klock