domingo, 20 de dezembro de 2009

Momentos

Eu pensava no futuro como um castelo sólido que jamais fosse desabar, não percebia que até mesmo o concreto era feito com areia e que bastava uma forte tempestade para tudo vir abaixo. A dor da perda consome todas as forças, mas a força sempre floresce novamente para reconstruir.
Mas quando as mãos vão se afastando pouco a pouco e as pernas obedecem aos comandos que nos levam para longe um do outro a vontade de estar perto não basta. O tempo nunca volta atrás, mas o que fazer para voltar quando matéria e mente caminham sozinhas para o horizonte?
Estilhaços voam por toda parte e o único pensamento esta envolto em se proteger, escapar de tudo que pode nos afetar, as dores se entrelaçam com as lembranças de dias perfeitos, as lagrimas de dor aumentam, a perda é muito maior do que se pode raciocinar, as lagrimas despejam gritos contidos pela angustia e o que era perfeito se prende nos laços das lembranças e a esperança choca-se frente à frente com um tempo que já passou sem que levasse junto a raiva e a dor e tudo se perde por alguns momentos. A razão não encontra uma saída, olhar para trás faz o desespero aumentar e já não conseguimos mais nos esconder dentro de uma decepção que inventamos e tudo que conseguimos ver é um imenso horizonte vazio para onde nosso instinto defensor nos atrai, longe de tudo, longe até mesmo dos pensamentos que nos perseguem, corremos desesperadamente para alcançá-lo, corremos sem parar em busca de nos livrar de tudo e de nós mesmo, em vão, pensamentos e lembranças nos perseguem dentro de nós mesmos, corremos por quilômetros sem parar, corremos em direção oposta de tudo que gostaríamos de realmente estar perto, já não sabemos onde estamos e nem como voltar, o tempo passou rápido demais e nem percebemos quanto tempo ficamos distantes e nem à que distancia estamos de casa, de nós mesmos, já não somos mais os mesmos e o passado inteiro se perdeu dentro de um momento de desespero e eternamente o tempo não voltará nem por um segundo. E tudo que outrora nos era felicidade se escorreu pelo ralo sem fim do passado.

"Porque quando tudo esta perfeito procuramos defeitos e decepções para que o equilíbrio da vida não se perca num pólo único e sem volta
Porque não saber lidar com a balança que equilibra a vida nos leva ao refugio desesperado e preferimos nos esconder
Porque inventamos situações de prazer para nos refugiarmos da realidade conflitante... Mas isso não pode dar certo porque hora ou outra a realidade bate na porta e invade sua vida sem avisos prévios.

Os sentimentos fazem parte das nossas vidas, tristeza e felicidade são dois pólos distintos na balança. Na vida não é normal ser feliz, mas também não é normal sofrer. É um equilíbrio onde estamos exatamente no meio só que tentamos ser felizes o tempo inteiro.
Pendemos muito a balança de um lado e quando ela vira e entramos em contato com o outro lado tomamos um grande susto, nossos sentimentos fragilizados absorvem muito mais o impacto. Criamos nossa própria decepção o que nos leva a uma intensidade de sentimentos fora do comum. Sofremos e sentimos isso como se fosse o fim, pois nos acostumamos apenas com a felicidade e a busca por ela, nos acostumamos a isso a ponto de esquecermos do sofrimento e a ponto de pensarmos nele como uma coisa irreal, drástica, sem fim, irreversível... Quando ele é apenas o outro lado da balança. "

Pensamentos... pensamentos...

Diogo Klock

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

...


Não é sua culpa meu amor,
são apenas sentimentos meus.
Você some por uma eternidade
e me deixa recados todos os dias,
eu entendo suas necessidades
é que a saudade não posso controlar.

A vida é diferente quando não estamos juntos
nos nossos quartos cheios de lembranças.
E as suas voltas noturnas
tornam-se refúgios inconscientes
para os meus monstros mais doentios.

E na madrugada lenta não encontro distração
para todas as partes da minha mente
e estes monstros que esperam por atenção
encontram um espaço para me aterrorizar.
Fecho os olhos e tento pensar em outras coisas
e outras coisas juntas vem.

Salto da cama e solto um longo suspiro,
o susto se esvai quando na busca por um cigarro
encontro uma tragédia romântica,
conta a história de um casal apaixonado
que se separa por muito tempo
e o tempo que é o senhor dos dias
mostra-lhes com os meses que a vida
vai além dos beijos e abraços
e deixa-os assim pensar.
Mas em outro longo tempo de espaço
Mostra-lhes que os beijos e abraços
Deveria também cultivar.

Eis que a minha vida não é única.
Mas que tragédia!
Um se separou do caminho que os dois construíram juntos
e ele agora tira sozinho as pedras do caminho
para que um dia ela o possa o encontrar.

Ele sofre a dor da perda
porque sabe que ela não se perdeu.
Ela simplesmente não percebeu
que tomara um caminho diferente.
Ele sente, ela apenas acredita que está no caminho certo.
Vai amor...
Segue neste caminho se este não te causa dor.

Finalmente acendo meu cigarro
e o dia ja amanheceu.


Diogo Klock

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Terra

Olha o que era pra ser o fim da primavera
Olha o que era pra ser não aconteceu

Não caíram as flores
Não cessou-se a chuva
Não abriram as janelas
A lagrima não secou.

Não voaram as andorinhas
Não cresceram as ervas daninhas
A roupa não mudou.

O sol continua indo cedo
As trovoadas ainda dão medo
A primavera não acabou.

Olha o que era pra ser o fim da primavera,
Olha o que era pra ser não aconteceu

Usaram todas as armas
Sujaram todas as águas
O rio adoeceu.

Cortaram todas as árvores
Destruíram todas as margens
A terra desabou.

Poluíram todos os ares
Acabaram com todos os mares
A terra não agüentou.

Olha o que era pra ser o fim da primavera,
Olha o que era pra ser não aconteceu

Olha o que fizeram com a terra
Não cuidaram bem dela
Continuaram com as guerras
Ela não agüentou.

D. Diogo Klock

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lembranças


Um velho deitado
Um menino correndo
O velho calado
O menino falando por dois
Brincando na lama
Num banho de chuva
Num banho de lua.

No velho um suspiro
No menino um sorriso
Sincero, elétrico pulante.
Ele caça vaga-lumes
E escreve sobre o amor.
Ainda puro ainda ingênuo
Nunca provou o doce veneno.

O velho vivido
O menino aprendendo
Num abraço forte sentindo
Feliz ou sofrendo.

Um menino...
Família, amigos e escola,
Nem trabalho nem compromisso.
Menino ainda num mundo lindo
Ainda na inocência.

Um menino vivendo?
Não!
Apenas um velho morrendo,
Lembrando e fitando sua vida
Antes do suspiro final.


D. Diogo Klock

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Jogo

Corte o baralho e dê as cartas,
conte uma história de reis, príncipes e damas
dê-me um coringa para jogar
este jogo entre espadas e paus,
esta guerra por ouro e corações.

Conte os pontos, conte os mortos
amontoados como lixo descartável.
descarte logo,
alguém pode tirar proveito deste sangue.
Coloque na mesa, mostre suas caras,
cartas raras de se juntar,
a combinação perfeita
no teatro do jogo da vida.

Vamos ver quem ganha a grande bolada
de cifrões na ponta da espada
pronta para cortar corações
e os espaços em pedaços cheios de gente
vivendo entre o príncipe e o espantalho
como num jogo de baralho
lutando para ganhar.

D. Diogo Klock

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aos Humanos XI

Ainda não é o fim do mundo
e esse inútil receio veio me assombrar,
parar pra pensar no infinito,
saber o que não se pode mudar.

Ah... Com que razão se pode viver?
Se olhando para o meu intimo interior
encontro apenas vácuo.
Até quando persistir
em chegar no ápice do nada?
Nadando em um mar abstrato
e sem resquícios de certezas,
puramente vazio e completamente cheio.

Espectro ilusório coletivo,
sensitivo, sem razão.
Espaços que se apagam,
deixam de existir, somem, passam!
Passam para o sempre, passam para o nunca!
Nunca ficam, nada fica, nem existe.

E ainda insiste-se em pensar,
crer, encontrar, fazer, construir ou mudar.
Ahh... Humanos!
Aonde querem chegar?

D. Diogo Klock

terça-feira, 25 de agosto de 2009

É a vida

Eu tinha muito tempo, mas não queria saber
Meus amigos iam pra escola e eu saia pra beber.
Eu ficava, horas e horas de pernas pro ar,
Sustentado pela mãe eu não queria trabalhar.

Aos vinte e dois anos meus amigos se formaram
Cada um comprou seu carro e estão saindo para festar
E eu aqui no mesmo lugar
Horas e horas de pernas pro ar.

Não tenho fama nem sucesso
Não tenho ordem nem progresso
E as mulheres comigo não querem mais ficar.

E assim eu fico no mesmo lugar
Horas e horas bebendo num bar.

Minha vida agora se resume numa página
São dias iguais, que eu já não me orgulho mais,
Não sei se ainda tenho tempo, mas vou tentar,
Vou mudar a minha vida vou sair do bar,
Conquistar uma garota e quem sabe namorar,
Arrumar um emprego e voltar a estudar.

...

E agora eu fico,
Horas e horas estudando sem parar.
Hoje estou mais feliz.
Mas não vejo a hora de me formar.

D.Diogo Klock

Queria tanto

Eu queria tanto saber o que fazer
Com as cartas do passado
Que não conseguia te escrever,
Cometia tantos erros,
Eu aprendi, mas é melhor esquecer.
Fazia tantos planos,
Hoje me sinto tão perdido com planos divididos.

Sigo assim sozinho, reconstruindo meu futuro
Eu tinha tantos planos, pra mim e pra você
Tínhamos tanto tempo pra pensar no que fazer
Mas ficava ali parado, esperando acontecer
E agora que estou sozinho
Eu aprendi, mas é melhor esquecer
Deixamos para o futuro, parte das nossas vidas.
Perdemos no passado uma vida inteira.

Eu queria tanto saber o que fazer
Eu queria tanto saber o que fazer

O tempo foi passando e você se adaptou
Mas eu não entendia, por que, que terminou.
Hoje é tudo do passado e você já se casou
Construiu uma família, esta vivendo um novo amor.

Você tentou falar, mas eu não entendia
Você tentou falar, mas eu não entendia
Eu tinha tantos planos, pra mim e pra você.

D.Diogo Klock

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aos Humanos X (São-Humanos?)

Acordei e vi o futuro
Por entre as garras das minhas mãos!
Eu vi a sede assolando a terra
Nas três dimensões,
As pessoas perdidas
Sem saber para onde correr
E o universo conspirando com o tempo
Fazendo tudo se perder.

Não adianta escapar
O tempo corre mais rápido
Que suas pernas possam suportar.

Conceitos, conceitos...

Olho por cima pessoas tão pequenas
Transeuntes em todas as direções
Girando rumo há algum sentido.
Controlados pelo sistema
Coordenados pela mídia
Por pessoas bem vestidas,
Os Totens da ilusão.
Como um Deus inventado
Que reprime todos como condenados.

Ser Humanos, quem sabe um dia!
Mas não neste mundo de ateus.
Criados entre a esperança,
A crença e a vingança,
Incentivando a individualidade
Desvinculando todos da totalidade,
Desvirtuando a grande verdade
De que todos juntos somos um só.

Será que um dia vamos perceber
Que nossos atos afetam tudo que existe
E assim pensaremos em união,
Unidade, totalidade...
Deus.

D.Diogo Klock

Aos humanos IX

O mundo está errado,
Mas ninguém me acordou
E eu fiquei aqui deitado
Esperando o tempo que passou.
A vida não voltou pra mim.

Mas por que, que eu era tão feliz
Na minha inocência?
Quem sabe seja este
O grande trunfo das crenças.
A história continua
Depois que cristo padeceu,
E o que ninguém relembra
É que não foi só ele que morreu.

A história continua pelo bem e pelo mal
E eu faço uso das palavras
Pra disfarçar o animal
Que sou.
Eu era tão feliz na minha inocência
E quando cresci,
Apresentaram-me novas crenças.

Mas o sonho é tão bom,
Disfarça a realidade
Distancia todo mundo da verdade,
Desloca a atenção
Deixando conclusões precipitadas da vida,
Histórias não vividas
Guardadas num profundo desejo,
Bloqueado pelo medo do profano.

Distorceram a história,
Usaram conceitos morais
Como ferramenta de manipulação
Surgindo como único efeito
A humanidade vivendo de ilusões.

D.Diogo Klock

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bem querer


Tua felicidade minha alegria
E vice-verso,
São os versos do meu canto.
Coração se há no mundo amor,
Então eis o que sentimos

E por que ser dois
Quando nos unimos
E nos consumimos numa fusão absoluta?

Escuta, escuta meus versos de amante,
De dois corpos vibrantes
E do amor que é único,
O único que transporta
Um corpo para dentro do outro
Corpo e alma.

Calma, calma meu amor.
Somos protagonistas do que vivemos,
Testemunhas vivas do que sentimos.
Não é que deixamos de sermos dois
Quando nos unimos
Mas é que passamos a fazer parte
Um do outro e acumulamos,
Apenas acumulamos.

E só assim faz sentido os meus versos.
Com o desejo de querer bem
Na harmonia de cada dia
Um reforço para fortalecer
E manter para sempre este afeto.

Certo meu amor.
É isto que nos faz pensar em unidade,
Um casal... Tantos planos...
Enquanto o sempre existir...
Enquanto houver amor.

D.Diogo Klock

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Distração

Quebraram-se as vidraças da minha redoma
Uma pequena pedra atirada para o alto
Alto risco me causou, fora ainda os estilhaços,
Que profundos cortes eu sofri.
Perdi toda a proteção
Que estava envolta em mim.

O filme do destino que se projetava
Quando olhava para o alto
Em cacos se reduziu.
Tudo a minha volta ficou vulnerável
Ou voltou-se contra mim.

Uma pedra, uma pequena pedra,
Atirada para o alto
Sem consciência, sem rumo.
Certeira, precisa!
Fez desmoronar um castelo
Que poderia ser para a vida inteira.

Quem pode entender? Uma pedra.
Um erro nas mãos de qualquer pessoa,
Jogado pra cima sem perceber.
Distração, descuido, inconsciência!
Pequenos atos impensados
Capazes de mudar uma vida inteira.
Distração!

D. Diogo Klock

terça-feira, 30 de junho de 2009

Aos Humanos VIII

Será que há algo que deixei de falar
Falei de menos? Mas falei tanto...
Não seria cansativo se falasse mais?
Por mim, falaria a vida inteira.
Mas não seria insuportável.
Hoje tenho medo
E o medo é a base da insegurança
Medo de perde-la, medo de sofrer
E fazê-la sofrer.
Queria fazer tudo certo
Para não correr o risco
Tentei... mas não foi o suficiente
Não sou perfeito.

Eu apostei, eu sempre aposto
Entreguei-me por inteiro
Fiquei sem defesa, apostei tudo.
No fundo, sabia o risco de perder
É um desespero sem motivos
Já sabia, mas no fundo a crença predomina
Sabia, mas acreditava
Esperança de que poderia ser diferente.

Triste ilusão...
Nada é por acaso!
Sempre haverão culpados
Mas como juiz de mim mesmo
Sempre erro nas sentenças.
Talvez tenha nascido para nada aprender.
Nunca aprendemos! Seria simples viver.

Audácia humana essa
De achar que tem que aprender e saber de tudo.
Nunca se sabe!
Como bom humano estou tentando entender
Mas olho à minha volta
E não vejo nenhum outro animal
Tentando o mesmo...
E simplesmente vivem.

Queria ser um cavalo marinho...
Mas aprendi a sofrer.

D.Diogo Klock

Sobre o Destino

Não falta lembranças
Para descrever a saudade
O que falta é força
Para encarar a realidade!
Percebida só quando é cruel
E tantas vezes.

Cresci, cresci...
Mas nada mudou
Tentei aprender com o que restou
Restaram lembranças e dor
Pensei ter aprendido
Mudei, mudei atos,
Mudei pensamentos
Comecei tudo novamente.

Tentei... Criei fantasias
Embarquei em novas aventuras
Acreditei outra vez.

Não me falta lembranças
Para descrever a realidade
A ultima saudade
A mais recente insuperável.
Já vi o futuro algumas vezes
Há algumas horas atrás
Já provei outros sabores.

Mas o destino é sempre o mais forte
Em outras vezes tentaria desistir
Tentei...
Mas ainda haviam curiosidades
Acreditei...
Queria saber até quando
Tirar a prova real
Sonhei...
Provei outras doses do destino
E até fiquei sentado
Vendo a vida passar
Passou, e por um tempo me perdi.

Me encontrei, encontrei alguém
Ainda haviam curiosidades
O curioso destino
Deixei-me levar
E mais uma vez
Não me falta lembranças
Para descrever
A mais recente insuperável
Mas eu já vi o futuro algumas vezes
E a curiosidade acabou.

D.Diogo Klock

Do tempo Juntos

Do tempo juntos, fez-se a proteção,
Um apoio, uma direção,
A coragem, razão com emoção
O florescer da primavera, verão
No inverno, o cobertor da alma
Na calma do outono, a fantasia
Fez-se luz, fez-se alegria.

Do tempo juntos, fez-se a confiança
Intimidade, a aliança
Na nostalgia, mudança de clima
Na vida o viver.

Vivemos, vivemos
Juntos vivemos e viveremos
Até quando,
É o que jamais saberemos.

D.Diogo Klock

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Aos Humanos VII

Roubaram minha moto semana passada,
Mas a policia achou.
Em termos, digo, em partes,
Literalmente em partes.
Estava num desmanche,
Prenderam algumas pessoas
Até saiu no jornalzinho de hoje.
Toda desmontada e o chassi jogaram fora...

Fora os castigos da vida... Está tudo bem
Mas ainda estou desempregado
E as contas já venceram.
É... Esta tudo bem!
Outro avião caiu,
Mas não tinha parentes meus
O jornal vendeu, vendeu muito bem
É notícia para o mundo inteiro.
De quem é a culpa?
Da gravidade!

Está faltando uma roda da minha moto,
Só falta a roda e o chassi.
Pior o avião...
É grave!
Caiu, repetidamente caiu
Caiu a casa para os bandidos,
Caiu o avião...
Duzentas e tantas pessoas morreram
De fome, de tiros, de doenças...
Caíram também! Estiradas no chão,
Mas ninguém se importou em recolher os corpos.
A guerra ta feia em Gaza, em casa,
Nas ruas, nos bairros, nas escolas!
No Brasil, no mundo!
Milhões de dólares em buscas,
De petróleo, de armamento, de poder!

Encontraram alguns corpos... Mutilados
Que horror!!!
Eram dois mil, ou mais, mas não contaram
Jogaram tudo num buraco e taparam.
A guerra ta feia no Sirilanka!
Não é fácil...
Ta difícil controlar o tráfico de drogas no Brasil,
O governo ta investindo, está divulgando,
Fazendo campanhas...
Está tentando!
Mas os traficantes não aceitam sociedade
Querem o negócio só pra eles.

Mas tirando o ruim, o resto está bom,
Novas buscas estão sendo feitas,
Todos os dias,
Já encontraram algumas partes
Mas o chassi ainda não.

D. Diogo Klock

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Aos Humanos VI

Não faz mais sentido
Os tempos mudaram, as crianças cresceram.
É uma geração nascendo a cada dia
E não é a geração Coca Cola.
Mas é da coca, da cola, da pedra.
Da perda!

Escolheram elas um caminho,
Ou foram os espinhos do destino?
Um menino queria ser advogado,
Sonhava com um futuro de bens privados.
Mas o único bem que conseguiu ter
Já tinha dono.

Não era ladrão, era mandado
Manipulado por um sistema
Que nunca conhecera
Ou entendera de verdade!

Capitalismo, vertente direta do egoísmo,
Propulsor da desigualdade e da desunião.
Vício inocente, basta ser sobrevivente
Para graves conseqüências sobressaltar.
Será que no futuro vai mudar?

D.Diogo Klock

sábado, 25 de abril de 2009

Aos Humanos V

Elas não queriam sorrir,
Preferiram as drogas ao invés
Da droga de vida que iriam viver.
Desistiram de tudo, não quiseram mais lutar.
Havia tantos caminhos!
Mas realmente podiam entrar?
Sempre serviram de chacotas do sistema,
Desse esquema
De, os mais fortes em poder aquisitivo
Aos mais fracos humilhar.
Estavam cansadas de esperar
Pelo paraíso prometido.
A luz no fim do túnel
Eram as chamas de um isqueiro
Um caminho de pedras
Que pensou ser uma saída,
Uma solução, uma recaída,
Um momento de fraqueza.
Era mais fácil fugir do que encarar,
Encarar o que? Pra que?
Cobram, impõem, implanta,
Interiorizam regras abstratas,
Regras de conduta, de sentimentos,
De atitudes, de convivência.
Uma grande massa abstrata
Que inconscientemente entranha,
Como um vírus, modifica pensamentos, manipula!
E qual a estrutura que temos?
Num mundo conduzido por regras antigas,
Uma superestrutura
De um tempo que a população era pouca,
Se comparado aos bilhões atuais.
O mundo evoluiu, mas essa grande consciência não.
E já não temos mais espaço para tantas pessoas
Viverem seguindo a grande consciência.
E não... A ciência não é capaz de mudar,
São vidas inteiras de dores
Para só no fim, ver algumas flores.
Flores no chão, flores no caixão.
E a luz no fim do túnel
Era apenas uma fresta na cova rasa
Mas seus olhos já não podiam mais enxergar.
Um jogo sujo e cruel!
E pra que? Por um lugar no céu?

D. Diogo Klock

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Aos Humanos IV

As crianças impotentes, guerreiras inocentes
Sonham com um futuro melhor,
Não existem problemas quando a vontade é maior,
É tudo tão simples e fácil de alcançar,
Vamos! Basta imaginar
Se enchem de idéias e saem para brincar.
Os deuses e os super-heróis vão ajudar...

Eis um lado da moeda onde não há quedas
Que não se possam levantar.

Já no outro encontramos pedras
Que milhões de crianças tem que carregar.
Morando nas ruas, nas calçadas,
Abandonadas no lixo fazendo disso seu único lar.

Não existe brincadeira
É uma vida inteira tendo que lutar.
Às vezes dão sorte,
Não são jogadas nos lixos entregues a morte.
Mas ainda no lixo vão viver,
Às vezes catando para vender
Outras mesmo para comer.

Eis o destino cruel de tantas crianças
Da nossa adorada nação
Bem diferente do que elas assistiram na televisão.
Vão ter que trabalhar, para sobreviverem sozinhas,
Ou para a família ajudar
Uma trilha nada fácil de agüentar.

E dizem: - Uma nação de oportunidades!
Mas será mesmo verdade
Que todo mundo pode alcançar?


D. Diogo Klock

terça-feira, 31 de março de 2009

AOS HUMANOS II

Na sua mente delicada
Abriga-se um mendigo
Cheio de fome e carência,
Implorando para saciar seu desejo
De consumir todo conhecimento
Que lhe for possível!
E o mesmo abriga-se em cada um de nós,
Porem ignoramo-lo, sem lhe dar valor algum.
Assim como fazemos com àqueles,
Que de mesmo nome taxamos no plano físico.

Ah! Como somos cruéis sem perceber.
A liberdade plena não faz sentido
Se houver barreiras impedindo-nos de enxergar
O horizonte da esfera do conhecimento!
O maior conforto não está no plano físico
Este só sacia as dores e desejo da carne,
Mas não da alma.
A maior riqueza é aquela que se acumula
Na dimensão astral,
É a única ultrapassa os limites da putrefação carnal.
Onde se busca a paz
Deve-se primeiramente buscar
A igualdade de respeito pelas diferenças.
E o Amor é tão próprio quanto a sua própria alma,
Não podes ter algo que não faz parte da sua essência.
Portanto aprenda...
O amor de outrem não é seu!
Sopre aos quatros cantos esta parte de você
E todos, todos sentirão e farão o mesmo.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Os dias...

Bom...

Hoje vou falar (escrever) um pouco de um dia como um dia qualquer, um dia tão especial quanto todos os dias da minha vida.
Ontem foi meu aniversário... E realmente não fiquei surpreso por isso! Sabe... As pessoas não são obrigadas a saber que dia você faz aniversário e também não é por isso que deixam de serem colegas. E aqueles que sabem... ...não é um dia anormal... Vão apenas cumprir o velho ritual, do qual estamos todos acostumados "Meus parabéns, muitas felicidades, etc. etc."
Todos os dias nós cumprimos um dia a mais de experiência, ou um dia a menos de vida, ao invés de as comemorarmos todos esses dias, dia após dia, comemorar de todas as maneiras possíveis, seja agradecendo a Deus, abraçando os colegas, amigos, família, sair pra fazer alguma coisa, fazer declarações, etc. Mas ao invés disso, preferimos acumular todos esses dias em um ano e comemorar uma só vez no ano, no dia em que chamamos aniversário - do latim anniversarius, que significa o que volta todos os anos ou o que acontece todos os anos.
Mas ontem, ontem foi diferente, ontem pude perceber que esta data é um bom dia para reafirmar o quanto gostamos de alguém, foi isso que aconteceu. Sem que eu esperasse minha namorada e meu Grande amigo Luiz com a colaboração do meu irmão Rodrigo planejaram uma surpresa. Estava eu no famoso Bar do Taiá em frente a universidade conversando com um Grande companheiro e das noites de boemia o Pensador Louco http://algoseperdeu.blogspot.com/ e sua digníssima 1ª Dama Josy, quando mi amorcito enviou-me uma mensagem que havia acontecido algo muito triste, logo liguei pra ela (que “estava” em prantos) e fui encontrá-la. Disse-me que havia brigado com seu pai e não conseguiria o dinheiro para fazer a inscrição da sua tão sonhada prova para tentar intercambio para a Espanha. (Pensei) logo disse: - Amor para de chorar pra isso damos um jeito, vamos! Vamos ao banco que vou tirar o dinheiro. Ela não quis aceitar a proposta, mas para convencê-la disse a ela que não estava dando o dinheiro, estava apenas emprestando. Então não havia mais como recusar, tomei as coisas dela não mão e sai andando, ela veio junto certa de que iríamos ao banco, mas meu cartão estava na minha bolsa que estava no Taiá. (risos) Foi engraçado, pois quando cheguei o pessoal estava começando a organizar as coisas (balão, cartaz, pratinhos, salgadinhos, bolo etc.). Eles acharam que quebrei a surpresa, ou que já sabia. Mas a verdade é que me enganaram direitinho e em momento algum desconfiei de algo, isso que passaram o dia inteiro planejando.
Agora entendo porque os aniversários são especiais, a rotina, o cotidiano, acaba mesclando nossos sentimentos e embaciando nossa visão e dias como esses são muito importantes para reascender e fortificar tudo aquilo que temos e relembrar ainda com mais intensidade quantas pessoas estão a nossa volta, pessoas que nos amam, pessoas que amamos, pessoas que são as partes mais importantes das nossas vidas.
Agradeço a todos vocês por existirem, minha família, meus amigos, em especial meu Grande Amigo Luiz e àquela que dia a dia esta tirando um pedacinho de mim e levando para ela, que está me mostrando o quanto a vida é feita pra viver, sofrer e amar, e o quanto as diferenças são importantes para mantermos um equilíbrio. O nosso equilíbrio... Maria, te Adoro!

terça-feira, 24 de março de 2009

Hey Menina

Hey menina,
Na vida, não é normal ser feliz,
Mas ninguém lhe explicou que também não é normal sofrer?
É um equilíbrio, onde estamos exatamente no meio
Entre o sofrimento e a felicidade,
Só que tentamos ser feliz o tempo inteiro.

Está certo baby,
Mas isso só daria certo se fosse mutuo,
A felicidade individual ultrapassa sempre o terreno do outro,
Tanto para o bem quanto para o mal.

Mas, Hey menina!
Existem pessoas à sua volta e você não pode fugir,
Vão lhe fazer sofrer em busca de felicidade.
Ninguém lhe disse que no jogo de xadrez
Para ganhar, às vezes é preciso sacrificar alguns peões?

Eu sei menina, na vida não deveria ser assim.
Mas olhe! Tantas pessoas querendo ser o rei do tabuleiro,
Eles aprenderam a lutar por isso,
Todos querem a mesma coisa, mas querem somente pra si.
Não vai dar certo,
Vão sofrer em busca de felicidade.

Hey menina,
Na vida, não é normal ser feliz,
Mas ninguém lhe explicou que também não é normal sofrer?
Você não esta cansada de jogar?
Vamos menina, abandone o tabuleiro
Não podemos ser reis
Com tanta gente querendo esse título.

Não menina, eles não sabem dividir,
Todos querem somente pra si.
Assim,
Sempre vão sofrer em busca de felicidade.
Vamos menina,
Vamos buscar nosso próprio equilíbrio.

segunda-feira, 16 de março de 2009

...

Aos poucos vou voltando,
Ainda tímido com poucas palavras,
Pois não há muito que falar,
As coisas são como são.
Tento descrevê-las de várias formas
E tudo isso pra quê?
Formas que raramente são compreendidas.
E por que, pra que, escrever o que todos já sabem?
O que é compreendido por todos.

...

Porque minha mente
Já não suporta mais tanto barulho
E sou obrigado a descarregar meus pensamentos.
Confesso, escrever é a melhor maneira que encontrei
E publicar num blog é apenas uma maneira
De não perder meus escritos...

Espero que quem passe por aqui,
Compreenda que tudo é mera opinião,
Individual e egocêntrica.
Ou seja, meu ponto de vista!
Ah! E gosto de escrever meus textos neste formato,
Linhas curtas. Linha cheia cansa minha visão
E dificulta a leitura.
Por isso não venham me dizer:
- mas isso não é uma poesia.
Pois não me importa, de que maneira
Irão rotular meus textos,
Estes, que pra mim são apenas
Meus pensamentos e nada mais.

...

Os: O que está escrito neste texto não quer dizer
Que não aceito opiniões diferentes, críticas, etc.

Agradecido.
D. Diogo Klock