domingo, 24 de fevereiro de 2008

Em busca de respostas

Há varias maneiras de explicar, ou tentar explicar os fenômenos que acontecem no mundo e a aceitação de tais explicações variam de acordo com a mente de cada individuo, de acordo com a construção ideológica de cada um, seja ela cientifica, filosófica, teológica, senso-comum, etc, o individuo aceitará aquela que lhe for mais plausível dentro da sua construção ideológica.
Mas dentre elas há uma que merece destaque, desde que o homem se reuniu em torno de uma fogueira e deu uma explicação para o fenômeno do fogo, explicação essa que os impulsionava para a vida em grupo, o fenômeno religioso começa a ter força.
Podemos perceber historicamente a criação de um “Deus”, ou melhor dizendo, de vários deuses, (pois há vários sentidos atribuídos a está palavra) podemos perceber a criação de algo que substitui as respostas mais complexas atribuídas a todos os fenômenos. Um deus que dá sentido a todos os seres humanos que habitam este mundo, os que acreditam e os que não acreditam. Os que acreditam levam suas vidas reproduzindo os valores “ensinados” por tal divindade, seja esta qual for dentro dos milhões de religiões, seitas, crenças, etc, que existem, e ao reproduzirem tais valores, estes deixam de influenciar somente a sua vida e passam a influenciar toda a sua sociedade, pelo menos dentro daquilo que está ao seu alcance. Para os que não acreditam, a influencia divina é ainda maior, pois estes passam suas vidas em busca de outras respostas para a vida, gerando outras e outras possibilidades, dando movimento a este grande complexo de perguntas e respostas, influenciando assim todo seu grupo social. Entre esse meio há ainda os que se dizem neutros, mas que indiretamente ou diretamente acabam sendo influenciados por ambos.
Todos os seres humanos estão direta e indiretamente ligados uns aos outros, e o movimento da vida depende dessas diferenças de pensamentos, onde tudo influência tudo, porque ninguém tem um pensamento do nada, todas formas de raciocínio e busca pela “verdade”, pelas respostas, vem de uma carga que está em constante crescimento e mutação, carga esta que o ser humano vai adquirindo durante a sua vida, adquirindo e reproduzindo, dando assim continuidade ao movimento chamado vida.
Portanto todas as formas de conhecimento na busca por respostas são necessárias ao desenvolvimento da humanidade e é superficial demais afirmar que uma é melhor que a outra, ou que uma é correta e a outra não, pois tudo não passam de construções humanas, até mesmo o sentido da palavra “certo” ou “errado” é uma atribuição humana, que varia de individuo para individuo, culturas para culturas etc.

Gosto muito de uma frase de Raul Seixas que diz:“Não pergunto, pois eu sei que a vida não é uma resposta e se aconteço, se deve ao fato de eu simplesmente ser.”

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Flor

A flor de perfume místico,
Fruto da mais longínqua floresta,
Da mais longínqua natureza,
Em algum lugar nos confins do universo,
Livre das influências materiais
Que afetam o sentido olfativo dos seres,
Livre das impurezas produzidas
E causadas pelo bicho homem.

A flor de perfume místico,
Perfume que paira pelos ares
mais puros e límpidos,
que se encontra além da percepção
sensível do ser humano.

A flor de perfume místico,
Da fragrância do amor e da paixão,
Do carinho ou de uma canção.
Do aroma do vento e da aurora polar,
Dos crepúsculos e do arrebol.
Do perfume da lua e do sol,
De Marte, de Vênus e de todas as constelações.
Aroma da água pura e também do fogo,
Do bronze, da prata e do ouro.

A flor de perfume místico,
Da fragrância das flores de Plutão,
Das bromélias de Júpiter
E das orquídeas de Mercúrio.
Do perfume dos deuses.
Perfume que paira pelos ares
Mais puros e límpidos,
Que se encontra além da percepção
Sensível do ser humano.

(Diogo Klock)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

....

Estava a minha caça com uma arma que marcava a pele com letras e machucava muito, conforme a intensidade do tiro que podia ser regulado e também podia ser regulado o tamanho das letras.
Estávamos eu e outro, fugíamos com muito medo, mas sua sede de me torturar era muita e então não conseguimos escapar, nos deixou sem saída, num canto ficamos sentados no chão e com três tiros fez o outro se calar, ao que me parece queria que meu sofrimento fosse assistido.
E então me deu o primeiro tiro que me abriu um enorme corte no pé direito, com muita dor perguntei por quê fazia aquilo.
Mandou-me que olhasse o machucado deixado pelo tiro, quando olhei havia uma frase dentro que dizia:
“você me machucou demais, me deixou muitas marcas agora vai ter que pagar por isso.”
E então começou a atirar varias vezes demonstrando a regulagem da arma, cada tiro marcava uma letra de tamanho diferente na região da minha barriga.
Eu perguntava: por que, por que fazer isso comigo?
Mostrou-me sua barriga com muitas tatuagens, cada uma era uma marca, disse que era por eu ter feito aquilo, mas não eram todas minhas, eu podia identificar.
Pelo que pude perceber, eu tinha feito a maioria das marcas, mas outras duas pessoas tinham feito o restante, cada um com uma intensidade.
Não me lembrava de ter feito tais marcas, mas me lembrarei para sempre dessas marcas que acabara de me fazer.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

UMA PEQUENA HOMENAGEM A ALGUÉM MUITO ESPECIAL

Embora o tempo tenha passado,
As estações mudadas e a vida continuada.
Não, eu nunca me esqueci de você,
De como éramos felizes, sem saber,
De toda a nossa sede de viver,
De quando saíamos por aí,
Sem saber para onde ir.
De tudo o que nos fez chorar,
E de tudo que nos fez sorrir.

Talvez eu não seja digno de dizer que seja amor,
Porque é mais que isso,
Um amor pode ser esquecido,
Assim como já amei outras vezes
E assim como todas as pessoas amam
E depois esquecem.
Ou então é amor o que sinto
E errei das outras vezes,
Assim como todos erram.

Embora o tempo tenha passado
E a vida continuada,
Eu jamais me esquecerei de você.
E não importa quanto tempo passamos juntos,
Pois nada, nem ninguém poderá desfazer o passado.
Tudo o que fizemos, tudo o que passamos e sonhamos,
Será nosso para todo o infinito.
E se o que sinto não é amor,
Então o homem nunca soube descreve-lo por inteiro.

Meu amigo, meu irmão...
Onde quer que estejas, fique em paz...
Para todo sempre lembrarei de você...

para Elton Corrêa...um ano se passou!!!

sempre seu,
Diogo Klock