quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Aos Humanos XI

Ainda não é o fim do mundo
e esse inútil receio veio me assombrar,
parar pra pensar no infinito,
saber o que não se pode mudar.

Ah... Com que razão se pode viver?
Se olhando para o meu intimo interior
encontro apenas vácuo.
Até quando persistir
em chegar no ápice do nada?
Nadando em um mar abstrato
e sem resquícios de certezas,
puramente vazio e completamente cheio.

Espectro ilusório coletivo,
sensitivo, sem razão.
Espaços que se apagam,
deixam de existir, somem, passam!
Passam para o sempre, passam para o nunca!
Nunca ficam, nada fica, nem existe.

E ainda insiste-se em pensar,
crer, encontrar, fazer, construir ou mudar.
Ahh... Humanos!
Aonde querem chegar?

D. Diogo Klock

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