segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Terra

Olha o que era pra ser o fim da primavera
Olha o que era pra ser não aconteceu

Não caíram as flores
Não cessou-se a chuva
Não abriram as janelas
A lagrima não secou.

Não voaram as andorinhas
Não cresceram as ervas daninhas
A roupa não mudou.

O sol continua indo cedo
As trovoadas ainda dão medo
A primavera não acabou.

Olha o que era pra ser o fim da primavera,
Olha o que era pra ser não aconteceu

Usaram todas as armas
Sujaram todas as águas
O rio adoeceu.

Cortaram todas as árvores
Destruíram todas as margens
A terra desabou.

Poluíram todos os ares
Acabaram com todos os mares
A terra não agüentou.

Olha o que era pra ser o fim da primavera,
Olha o que era pra ser não aconteceu

Olha o que fizeram com a terra
Não cuidaram bem dela
Continuaram com as guerras
Ela não agüentou.

D. Diogo Klock

3 comentários:

Denise Silvestre disse...

Muito bom! eu intepretei como: tudo aquilo que a gente não pode mudar mas espera que mude um dia. O que não vemos é que nós é que temos que mudar certas coisas.

Muito bom o texto!

Anônimo disse...

:´(

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

Né?

Ontem eu tava olhando o dia pela janela e pensando como era tudo estranho. Tudo tão abafado, o céu tão cinza. Como assim?! É outubro! Era pra Salvador tá exibindo um azul sem fim, um sol explendido e o vento devia tá soprando bem fresquinho... Cadê o fim da primavera? Os pés de jambo nem tão vestindo o chão de cor-de-rosa :/

A culpa é de quem?